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Fronteiras do Crime

Prof. José Afonso de Oliveira

Foto Christian Rizzi

Infelizmente o crime, dito hoje como organizado, avança dentro do processo de globalização, extrapolando as fronteiras nacionais e sendo bastante eficiente.

Utilizando sistemas informatizados em rede, o crime organizado, consegue agir financiando as suas atividades, coletando as suas variadas mercadorias, mundo afora e colocando os seus produtos nos maiores mercados consumidores.

Está diretamente envolvido na lavagem de dinheiro, para tanto utilizando o sistema financeiro onde bancos, companhias de seguro e outros agentes também se encontram envolvidos quer com conhecimento ou mesmo sem ter noção do que se passa.

De qualquer maneira há toda uma variedade de produtos que vão de tráfico de drogas, de armas, de órgãos humanos até de pessoas para finalidades criminosas.

Ocorre que enquanto o crime organizado está globalizado, os sistemas de segurança, as policias são ainda entidades nacionais que só podem agir no seu respectivo espaço. Não há um sistema policial ou de segurança globalizado. Não existem normas globais que sejam capazes de coibir o crime organizado.

Há uma necessidade, cada vez maior de que sistemas financeiros e outros tantos possam ter regulamentos, controles globais, tanto quanto também policias, além da Interpol, possam agir com máxima eficácia fora de suas fronteiras, sendo que suas ações devem ter respaldo no direito internacional.

Como as tecnologias estão hoje disponíveis, os criminosos, têm acesso, e dispondo de tempo, agindo com grande celeridade utilizando os sistemas de transportes internacionais, eles, cada vez mais vão adquirindo toda essa ação de forma global que, repito, infelizmente tem sido muito eficaz.

O maior problema está posto no sistema financeiro que deve ter regulamentos rígidos de controle de forma a ser impossível serem utilizados como práticas de lavagem de dinheiro, de financiamento do crime organizado. Claro isso requer um trabalho profundo, mas para isso mesmo é que os sistemas informatizados podem criar programas que possibilitem e façam todo o controle e fiscalização.

Não podemos continuar de braços cruzados permitindo que toda essa ciranda criminosa persista o que tem causado imensos prejuízos e incentivando igualmente práticas terroristas de grande gravidade e imensa repercussão extremamente negativa.