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ITAIPU INVESTIRÁ NA AMPLIAÇÃO DA PISTA DO AEROPORTO

Itaipu se comprometeu a repassar ainda este ano a primeira parte do desembolso previsto para a obra de ampliação da Pista de Pouso e Decolagem (PPD) do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. O custo global é de R$ 70 milhões, dos quais R$ 55 milhões serão investidos pela binacional.


Essa ampliação permitirá que o aeroporto de Foz do Iguaçu se torne,

de fato, um hub na América do Sul, com conexão direta aos países

sul-americanos, europeus e norte-americanos. Pela localização geográfica

privilegiada, o destino teria, assim, todas as condições para se tornar uma

das principais portas de entrada de turistas estrangeiros no Brasil e uma

das maiores na América do Sul.

O apoio às obras do aeroporto foi dado pelo diretor-geral de Itaipu

ao governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior, durante uma reunião

em Foz do Iguaçu, na noite desta terça-feira (17), da qual participaram,

também, o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da binacional, general

Luiz Felipe Carbonell, e o presidente da Agência Paraná de Desenvolvimento,

Eduardo Bekin.

O anúncio oficial da parceria deve ocorrer em cerimônia no Palácio

Iguaçu, em Curitiba, na semana que vem, com a presença também de

representantes da Infraero.



Mais um grande legado

Hoje, já está em vigência um convênio para a duplicação da pista de

acesso ao aeroporto e de ampliação do pátio de cargas de aeronaves. Já a

ampliação da Pista de Pouso e Decolagem precisa ser oficializada por meio

de outro convênio, do qual Itaipu já mostrou interesse em participar.

Segundo o general Silva e Luna, com a ampliação do aeroporto, que

hoje tem entre seus "gaps" a falta de infraestrutura para o fluxo de

chegada e saída de grandes aeronaves, essa obra será uma das mais

importantes para Foz do Iguaçu, pois vai garantir uma reconfiguração do

perfil turístico de todo o Destino Iguaçu, que inclui os municípios

vizinhos da Argentina e Paraguai.

“É uma obra de importância similar à da Ponte da Integração

Brasil-Paraguai, financiada por Itaipu, porque vai atrair mais turistas

estrangeiros e movimentar toda a economia da região”, afirmou Silva e Luna.

Ele lembrou que o apoio de Itaipu a obras que deixem legado para a

população segue as diretrizes do governo Bolsonaro.



Reflexos

O general Luiz Felipe Carbonell, cuja diretoria ficará diretamente

ligada às obras no aeroporto, lembrou que a ampliação do terminal trará

grandes reflexos para Foz do Iguaçu.

O principal deles é que a cidade terá total independência de outros

aeroportos brasileiros, como os do Rio e de São Paulo, no fluxo de chegada

e saída de voos internacionais, evitando que os viajantes precisem fazer

conexões para chegar à cidade e à fronteira. “É um ganho imensurável para

Foz do Iguaçu e região, além de todo o Paraná”, disse.

Nesta semana, a Infraero entregou o plano de trabalho com o

cronograma previsto para a obra. Agora, é preciso oficializar o convênio e,

depois disso, lançar o edital.



Adequação

De acordo com estudos, a adequação do aeroporto de Foz permitirá que

o terminal receba aeronaves de grande porte, fazendo com o destino se a

assemelhe em termos de competividade, por exemplo, com a Cidade do Panamá,

hoje um dos mais importantes hubs globais da América Latina.

No aeroporto de Foz, o maior gap está na decolagem, porque a pista

atual é insuficiente para que grandes aviões possam levantar voo. Com a

pista ampliada e a modernização do terminal, o problema seria resolvido, o

que garantiria ainda a continuidade do aumento do número de passageiros,

acima dos limites de prospecção do Brasil e da América do Sul, na ordem de

10%. O índice é maior que a média nacional e internacional, que é de

aproximadamente 4%.



Novos empregos

O “novo aeroporto” viabilizaria os atuais e novos empreendimentos da

indústria do turismo na macrorregião da fronteira do Brasil com Paraguai e

Argentina, gerando e mantendo empregos nas mais diversas áreas.

Outra vantagem é que a maior conectividade traria redução dos custos

de transporte (importação/exportação), o que fomentaria os negócios das

empresas da região Oeste do Paraná e da tríplice fronteira. Uma das

conexões possíveis, com Miami, nos Estados Unidos, permitiria a retomada do

mercado de cargas destinadas ao Paraguai e à Argentina, com maior valor

agregado, gerando também significativa receita ao operador do aeroporto.

Outro aspecto importante, ainda, é a valorização do ativo: a obra de

ampliação da pista de pouso e decolagem irá elevar de forma exponencial os

valores a serem ofertados na realização do leilão de concessão do

aeroporto, previsto para 2020, trazendo maior retorno ao governo federal.



A Itaipu

Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu

Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo

produzido, desde 1984, mais de 2,6 bilhões de MWh. Em 2016, a usina

brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de

energia, com a marca de 103.098.366 MWh. Em 2018, a hidrelétrica foi

responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida pelo

Brasil e de 90% do Paraguai.